Páginas

terça-feira, 30 de março de 2010

Xô, uruca!

Um único gol, marcado por Basílio aos 36 minutos do segundo tempo da decisão do Campeonato Paulista de 1977, contra a Ponte Preta, marca a fundação de um novo Corinthians.

Antes daquele lance, o que existia era um Timão traumatizado por seguidos insucessos. Como a perda do Brasileiro de 1971 na segunda fase, após liderar a primeira, e do de 1972 para o Botafogo, nas semifinais. Do Paulista de 1974 para o Palmeiras, em uma decisão esperada havia duas décadas em que Rivelino acabou servindo de bode expiatório. De outro Brasileiro, em 1976, para o Inter de Falcão. As conquistas eram insatisfatórias para a exigente Fiel, como o Torneio do Povo de 1971 e o Laudo Natel de 1973.

As alegrias, poucas, como um histórico 4 a 3 sobre o Palmeiras em jogo de turno do Paulistão de 1971, em que o Timão chegou a estar perdendo por 2 a 0 e 3 a 2.

Já em 1976 começou a sensação de que a maré iria mudar, quando mais de 70 mil corinthianos invadiram o Maracanã para assistir à semifinal do Brasileirão contra a Máquina do Fluminense e trazes, nos pênaltis, a classificação para a finalíssima contra o Inter. A taça, mais uma vez, não veio, porém ficou a esperança. Mas foi mesmo depois de Basílio (e, principalmente, de Sócrates, contratado em agosto de 1978) que a má fase virou passado.

O Timão ganhou o primeiro turno de 1978 na base das tabelinhas geniais de Palhinha e Sócrates, fechou os anos 70 com mais um título, o Paulista de 1979 (conquistado outra vez em cima da Ponte), e exorcizou de vez todos os seus fantasmas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário