
O Corinthians abre 1931 goleando o Santos por 5 a 2, na Vila Belmiro, e sagrando-se campeão paulista do ano anterior, seu oitavo título estadual em 20 anos de história. Mas, depois disso, viveria uma de suas maiores crises. De uma vez só, a Lazio, da Itália, veio buscar metade do esquadrão tricampeão paulista em 1928/29/30: Del Debbio, Filó, Rato e De Maria. Como se não bastasse, o goleiro Tuffy, debilitado por uma pneumonia dupla, teve que abandonar o futebol.
A reposição de peças, agravada pela adaptação aos novos tempos do profissionalismo, demora. Enquanto isso, o corinthiano sofre com colocações medíocres no Campeonato Paulista e com goleadas em clássicos. São tempos de Onça, Brancácio, Chola e outros menos cotados.
As coisas só começam a melhorar em 1934. A campanha no Paulista não passa novamente de um modesto quarto lugar, mas no final da temporada chega do Paraná um novo artilheiro: Uriel Fernandes, o Teleco. Com ele e De Maria (de volta da Itália), o Corinthians de 1935 é outro. Faz o artilheiro do Paulistão (o próprio Teleco, com nove gols) e chega bem perto do título.
Em 1936, o Corinthians consegue a façanha de atravessar invicto todo o ano, mas na hora de decidir o Paulista, já em 1937, na qualidade de campeão do primeiro turno, contra o Palestra, vencedor do segundo, o Timão nega fogo. Naquele mesmo ano de 1937, porém, vem o troco: um gol de cabeça de Teleco derrota o velho rival em pleno Parque Antarctica. E praticamente garante a conquista do primeiro título profissional.
O bi invicto de 1938, conseguido já em meados de 1939, foi conturbado e polêmico. Conturbado porque a partida, interrompida pela chuva, teve de ser realizada em dois dias. Polêmico porque o gol do título contra o São Paulo, marcado por Carlito e que garantiu a taça, teria sido marcado com a mão. O mesmo não aconteceu na campanha do tri, em 1939. Fora uma derrota para o São Paulo, no primeiro turno, o Corinthians não caiu diante de mais ninguém.
Quando o Pacaembu é inaugurado como marco de uma nova era para o futebol paulista e brasileiro, em 1940, o Corinthians aparece na condição de tricampeão do Estado. Nada indicava que começaria, a partir dali, mais um período de provação.
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