Nunca na história a gangorra corinthiana oscilou tanto quanto na década de 2000. De títulos à troca de diretoria, passando pelo mais dolorido fato para os alvinegros, o rebaixamento à Série B do Nacional, e a consequente reabilitação. Um ano após sua consagração mundial, o clube continuou com sua mania de ser campeão.
Maior vencedor do Campeonato Paulista no século XX, o Corinthians começou o século XXI conquistando seu 24º título estadual. Inesquecível foi o duelo nas semifinais, contra o Santos, que se classificava com o empate (1 a 1) até os 47 minutos do segundo tempo, quando Ricardinho apareceu para marcar o gol da vitória. No ano seguinte, 2002, já sob o comando de Carlos Alberto Parreira, o Timão conquistou a Copa do Brasil 72 horas após vencer também o Rio-São Paulo, diante do São Paulo. O ano só não foi completo por causa da derrota para o Santos na final do Brasileirão.
Mantendo a tradição de conquistar pelo menos um título importante por ano desde 1997, o Corinthians deixa sua marca também em 2003, com mais um Paulista sobre o São Paulo. Pena que este último título tenha sido acompanhado por mais uma desclassificação na Libertadores, diante dos argentinos do River Plate, e pela péssima campanha no Brasileirão.
Em 2005, bombado pelo dinheiro da parceria com o Grupo MSI, o Corinthians trouxe uma série de galácticos. Jogadores como Roger, Carlos Alberto e, principalmente, o argentino Carlitos Tevez (o melhor de 2004 na América do Sul). Após o vice-campeonato estadual, a equipe conquistou seu tetracampeonato brasileiro (seu primeiro no sistema de pontos corridos). O torneio, no entanto, foi marcado pelo escândalo da “máfia do apito”, mas nada que tirasse o brilho dos gols de Tevez, que não demorou a virar ídolo da Fiel.
No ano seguinte, a eliminação na Libertadores, novamente para o River Plate, desta vez em pleno Pacaembu, seguida da saída do parceiro, trouxe consequências trágicas para a história do clube. Endividado, o Corinthians não conseguiu mais montar um time competitivo. Nos bastidores, a mudança da diretoria (sai Alberto Dualib e chega Andrés Sanchez prometendo renovação e transparência). Em campo, porém, o trágico, porém inevitável. Em 2007, a péssima campanha no Brasileiro culmina com o rebaixamento à Série B.
Este momento negro na gloriosa história alvinegra reforçou o amor incondicional da Fiel torcida por seu clube e possibilitou toda uma reestruturação no departamento de futebol. 2008 foi o ano em que “o Coringão voltou”, grito cantado pela massa após a conqusita da segunda divisão, encarada como uma obrigação. A derrota na final da Copa do Brasil para o Sport nem foi tão sentida. O retorno, todavia, se consumou neste ano. A chegada de Ronaldo, maior artilheiro da história das Copas, e as conquistas do Paulista, de forma invicta, e da Copa do Brasil, colocam novamente o Timão na sua condição de grande equipe do futebol brasileiro.
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