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terça-feira, 30 de março de 2010

Glórias Mil



Campeão do ressuscitado Rio-São Paulo em 1950. Campeão paulista em 1951, quebrando um jejum que já chegava aos fez anos. Bi estadual em 1952, campeão da pequena Taça do Mundo, na Venezuela, em 1953, bi do Rio-São Paulo em 1953/54, campeão do Torneio Internacional Charles Miller em 1955... Ufa! Nos primeiros cinco anos da década de 1950, o Corinthians ganhou absolutamente tudo o que disputou. O segredo? Uma renovação completa começada ainda no final de 1949.

Caras novas e talentosas, como o goleiro Cabeção, o lateral-direito Idário, o centromédio Roberto Belangero e o Pequeno Polegar Luizinho, todos vindos das equipes de base, tornaram-se logo conhecidos da Fiel. Juntos com os remanescentes Cláudio e Baltazar, mais o goleiro Gilmar, vindo do Jabaquara no começo da década, eles formaram um dos maiores times corinthianos de todos os tempos.

Símbolos daqueles anos felizes eram também o presidente Alfredo Ignácio Trindade e seu fumegante charuto, sinônimo de corinthianismo. Em 1951, o ataque formado por Cláudio Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário chegou à marca dos 103 gols em 28 partidas (3,67 gols, em média, por jogo). O ano de 1954 foi o da inesquecível conquista do IV Centenário da fundação da cidade.

Faltava a tradicional Taça dos Invictos de A Gazeta Esportiva, ela veio, duas vezes: em 1956, de forma provisória, e em 1957, em definitivo, com um inesquecível empate em 3 a 3 com o Santos, gol de Paulo no último minutos. A derrota para o São Paulo na decisão do Paulista daquele ano, que o Corinthians liderou de ponta a ponta, foi o canto do cisne da grande equipe. O Timão dos anos 50 envelheceu, não soube se renovar e daí em diante enfrentaria a concorrência desigual do Santos de Pelé. Por 22 anos, não seria mais o mesmo.

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