• 1911/12: JOGOS SEM RESULTADOS – Conforme o Corinthians ia se tornando um time respeitável na várzea paulistana, conquistava mais espaço na mídia da época. O problema é que os jornais, notadamente O Estado de São Paulo, costumavam anunciar a realização de seus jogos, mas se preocupavam em publicar os resultados nos dias seguintes. Assim, fica difícil, até, confirmar se algumas partidas chegaram a se realizar. (1912: 14J, 6V, 1E, 1D, 18GP, 6GC – não se conhecem os resultados de 6 jogos. 1913: 7J, 1V, 0E, 0D, 2GP, 0GC – não se conhecem os resultados de 6 jogos)
• 1913: UM LUGAR AO SOL – Para ganhar uma vaga em um campeonato oficial, promovido pela Liga Paulista de Futebol (havia outro, da Associação Paulista de Esportes Atléticos, ainda mais elitizado), o “clube dos operários” teve que disputar dois jogos eliminatórios. Ganhou os dois e, assim, obteve o direito de disputar seu primeiro Paulista, naquele mesmo ano. (11J, 3V, 4E, 4D, 17GP, 23GC)

Primeiro Time Campeão Paulista em 1914: Fúlvio, Casemiro do Amaral e Casemiro Gonzalez; Polícia, Biano e César; Aristides, Peres, Amílcar, Dias e Neco.
O time não perdeu nem empatou: foram dez vitórias em dez partidas. Neco, com 12 gols, tornou-se o primeiro corinthiano artilheiro de um campeonato.
• 1915: TIMÃO FICA DE FORA – De olho em uma vaga no campeonato da Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea), mais badalado na época, o Corinthians abandonou a Liga. Mas não conseguiu o que queria e, quando tentou voltar, foi barrado. Sem disputar nenhum dos dois campeonatos, o jeito foi emprestar os craques para os outros times. Neco foi para o Mackenzie, Police e Amílcar para o Ypiranga. Eles só voltavam a se reunir em alguns fins de semana, para amistosos no interior. (9J, 7V, 0E, 2D, 30GP, 9GC)
• 1916: A VOLTA DO INVICTO – O Corinthians – que, no ano anterior, já havia derrotado a AA Palmeiras, campeã da Apea – vence também o Germânia, campeão da Liga, em amistoso. Mas para ser readmitido no campeonato da Liga Paulista de 1916 teve que enfrentar o Antarctica em um jogo eliminatório. Passou sem problemas (8 a 0) e, pela segunda vez, ficou com o título, ganhando de todo mundo. Só iria perder um jogo de campeonato em 1917. (23J, 19V, 2E, 1D, 71GP, 14GC – não se conhece o resultado de 1 jogo)
•1917: ENFIM ENTRE OS GRANDES – Com a reunião dos times de São Paulo em um único campeonato, o Corinthians superou definitivamente o preconceito. Pela primeira vez, enfrentou os clubes da elite da época, como Paulistano e AA Palmeiras. E não fez feio, brigando pelo título como favorito e terminando em terceiro lugar. (19J, 10V, 3E, 6D, 40GP, 30GC)
• 1918: O ANO DA CASA PRÓPRIA – Inaugurado em janeiro, o campo da Ponte Grande foi o primeiro estádio do Corinthians. O Paulista foi interrompido por dois meses por causa do surto de gripe espanhola. Na última rodada, o Corinthians precisava vencer a AA Palmeiras e torcer pelo São Bento contra o Paulistano. O Timão fez sua parte, mas o Paulistano também venceu e foi campeão. (20J, 12V, 3E, 5D, 66GP, 25GC)
• 1919: A VITÓRIA QUE FALTAVA – O Corinthians fatura o primeiro Torneio Início da história, promovido pela AA Palmeiras. Mas a glória suprema de 1919 foi sentir pela primeira vez o gostinho de ganhar do Palestra Itália em jogos de campeonato. E dentro do Parque Antártica: 1 a 0, gol do ponta-direita Américo. O título ficou de novo com o Paulistano, tetra. O timão foi terceiro. (30J, 23V, 2E, 5D, 94GP, 28GC)
• 1920: ATAQUE ARRASADOR – Bicampeão do Torneio Início, o Corinthians marcou 75 gols nos 17 jogos do Paulista (média de 4,4 por partida). Foram 6 a 0 e 8 a 1 no Internacional; 4 a 1 e 6 a 1 na AA Palmeiras; 7 a 0 e 8 a 0 no Mackenzie (depois Portuguesa-Mackenzie); 11 a 0 no Santos... Neco foi novamente o artilheiro do campeonato, com 24 gols. Mas pela diferença de um único ponto o time teve que assistir de fora à decisão entre Paulistano e Palestra, que ganhou o título. (28J, 20V, 2E, 4D, 102GP, 31GC – não se conhecem os resultados de 2 jogos).
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