• 1941: JANGO, BRANDÃO E DINO – Uma nova sequência de craques passa a soar como música, partes inseparáveis de um mesmo verso, para os ouvidos corinthianos: Jango, Brandão e Dino. Eles formavam a linha média do time campeão do Torneio Início e do Campeonato Paulista de 1941, primeiro título estadual no Pacaembu. Que só não foi invicto porque o Timão, de ressaca, perdeu o último jogo para o Palestra. Teleco voltou a ser o artilheiro do campeonato, com 26 gols. (40J, 30V, 5E, 5D, 125GP, 53GC)
• 1942: MAIS DUAS TAÇAS – Foi o ano da conquista da Quinela de Ouro (espécie de Rio-São Paulo, reunindo Corinthians, São Paulo, Palestra e a dupla Fla-Flu). E também da primeira Taça Cidade de São Paulo, que passou a ser disputada anualmente pelos três primeiros colocados do Paulista do ano anterior. A taça mais importante, porém, escapou: o Paulista ficou com o Palestra, agora Palmeiras. O Timão foi vice, mas fez o artilheiro: Milani, com 24 gols. (35J, 24V, 6E, 5D, 118GP, 58GC)
• 1943: BOBEADA NO FINAL – Bi da Taça Cidade de São Paulo, o Timão liderou também boa parte do Campeonato Paulista. Mas deixou o título escapar para o São Paulo, campeão pela primeira vez desde que foi fundado, em 1935. No ataque, apesar da boa presença de Hércules, o futebol de Teleco vai chegando ao fim. (35J, 25V, 3E, 7D, 115GP, 53GC)
• 1944: DIVINO REFORÇO – Título em 1944, para o Corinthians, só mesmo o do Torneio Início. O destaque do ano ficou por conta da contratação do zagueiro Domingos da Guia. Chamado de Divino Mestre, pai do palmeirense Ademir, perto dos 32 anos ele deixou o Flamengo para emprestar sua categoria à defesa do Timão. (31J, 15V, 6E, 10D, 77GP, 60GC)
• 1945: TEMPOS DE CRISE – Enquanto o mundo saía da crise com o fim da Segunda Guerra, o Corinthians seguia o caminho inverso. Entrava em seu quarto ano sem um título paulista e, durante a temporada, não ganhou nada. Alegrias, em 1945, só com o fato de o time fazer, mais uma vez, o artilheiro (Servílio, 17 gols). E a vitória no segundo turno sobre o São Paulo, que interrompeu uma série de 15 jogos invicto. (40J, 24V, 10E, 6D, 110GP, 66GC)
• 1946: SÓ FALTOU SORTE– Imagine um time ganhar 18 de seus 20 jogos em um campeonato de pontos corridos e, mesmo assim, não ser campeão. Foi isso o que aconteceu com o Corinthians em 1946. O azar do Timão foi ter perdido seus únicos quatro pontos para o mesmo adversário (o São Paulo, que, por sua vez, terminou invicto com 17 vitórias e três empates e levou a taça). O artilheiro, uma vez mais, foi corinthiano (Servílio, com 19 gols). E dois futuros ídolos alvinegros jogaram uma temporada inteira juntos pela primeira vez: Cláudio, ponta-direita, e Baltazar, centroavante. (39J, 26V, 3E, 10D, 110GP, 71GC)
• 1947:CHEGA DE VICE – Na Taça Cidade de São Paulo, o time fez valer, mais uma vez, o velho espírito corinthiano. Derrotado por 5 a 0 pela Portuguesa, devolveu a goleada para o São Paulo (5 a 1) e, com a vitória do rival sobre a Lusa, forçou a realização de uma nova série de jogos, ficando como título. No Campeonato Paulista, o Timão chegou novamente em segundo. Era o terceiro cive seguido, o quinto nos últimos seis anos. (35J, 24V, 5E, 6D, 102GP, 51GC)
• 1948: GLÓRIA INTERNACIONAL – Nos encontros internacionais, o time foi muito bem. Ganhou do River Plate, da Argentina, e do fortíssimo Torino, tricampeão italiano. Aquela, aliás, foi a única derrota do esquadrão europeu em sua excursão pelo Brasil. No ano seguinte, o grande Torino seria dizimado por um desastre aéreo. No âmbito doméstico, o Corinthians ganhou outra vez a Taça Cidade de São Paulo. Mas quem reclamava da sequência de vice-campeonatos deve ter se arrependido: em 1948, o Timão terminou o Campeonato Paulista em quarto, atrás de São Paulo, Palmeiras e Ypiranga. (44J, 25V, 8E, 11D, 105GP, 69GC)
• 1949: HORA DE RENOVAR – A fraquíssima campanha no Canpeonato Paulista de 1949 (quinto lugar, ao lado do Ypiranga, entre 12 participantes) foi o sinal de alerta. Para dar um fim ao jejum de títulos que já durava oito anos, o Corinthians resolve investir na prata da casa garimpada pelo ex-ídolo Rato. E não se arrepende: já no final do ano, com Cabeção, Idário, Luizinho e outros futuros cobras entre os titulares, o Timão dá a arrancada para o título do ressuscitado Torneio Rio-São Paulo. (45J, 21V, 13E, 11D, 112GP, 80GC)
• 1950: ANOS DOURADOS – Que importa se o arquiinimigo Palmeiras ganhou o Campeonato Paulista de 1950? Naquele mesmo ano, o Timão havia sido campeão do Rio-São Paulo. No seguinte, voltou a ganhar o Paulista depois de um jejum de nove anos. Depois, o Corinthians seria bi estadual (1952), ganharia a Pequena Taça do Mundo, na Venezuela (1953), mais dois Rio-São Paulo (1953/54), o Paulista do IV Centenário (1954), o Torneio Internacional Charles Miller (1955), duas vezes a Taça dos Invictos (1956/57)... Começa um dos períodos mais felizes da história alvinegra. (46J, 25V, 13E, 8D, 117GP, 48GC)