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sábado, 3 de abril de 2010

Felipe sente incômodo durante treino e está fora da partida contra o Ituano

Felipe estava confirmado na lista de relacionados do Corinthians para o jogo deste domingo, contra o Ituano, às 16h, em São José do Rio Preto, pela penúltima rodada do Paulistão. Mas voltou a sentir um incômodo na coxa direita quando treinava neste sábado pela manhã, no Parque São Jorge. Com isso, o goleiro fica mais uma partida fora do gol do Timão. E Rafael Santos, que atuou nos últimos dois jogos, mesmo sem ser regular, será o titular. Mano decidiu suspender o rodízio para dar ritmo ao goleiro, deixando Júlio César no banco.



- Deixamos para hoje (sábado) pela manhã o último estágio de avaliação para a decisão ser a mais segura possível e decidimos não levar o Felipe para o jogo. Vamos manter o Rafael, dentro da linha que estabelecemos. A sequência nessa hora é importante porque pode acontecer do Felipe precisar ficar mais tempo fora, e o revezamento deixava os dois goleiros sem ritmo. Isso nos preocupou um pouco, por isso vamos manter o Rafael para dar essa segurança a ele - explicou o técnico Mano Menezes.



O incômodo apareceu quando Felipe batia na bola durante o trabalho da manhã. Após algumas tentativas, ele parou e levou a mão à coxa. Deixou o campo direto para o vestiário. Felipe não jogou na vitória por 4 a 3 sobre o São Paulo e no triunfo por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño, este último pela Libertadores. Ele havia voltado a treinar na última quarta-feira.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Destaque do Bragantino no Paulistão, volante Paulinho deve reforçar o Timão

Depois de investir cerca de R$ 36 milhões na contratação de jogadores no fim do ano passado, a diretoria do Corinthians vai apostar em nomes sem tanta expressão para o restante da temporada. O primeiro nesses moldes a desembarcar no Parque São Jorge deve ser o volante Paulinho, destaque do Bragantino no Campeonato Paulista.



O jogador, de apenas 21 anos, despertou o interesse desde a segunda rodada do Estadual 2010, quando marcou o gol de sua equipe na derrota por 2 a 1 para o Timão, no Pacaembu. Depois disso, anotou outros sete e, mesmo sendo marcador, é o artilheiro do Massa Bruta no torneio.



- A possibilidade realmente existe e ele pode jogar no Corinthians – confirmou o presidente Andrés Sanches após a vitória alvinegra sobre o Cerro Porteño, quinta-feira, em São Paulo, pela Taça Libertadores.

O Corinthians arcará somente com os salários do meio-campista. Os diretos dele foram comprados pelo banco BMG. O atleta será repassado ao Timão, possivelmente em um contrato de três anos. Em caso de uma negociação futura, o clube ficará com uma porcentagem, semelhante ao que o grupo faz nos acordos do zagueiro Leandro Castán e do lateral-direito Moacir.



A chegada de Paulinho ao Parque São Jorge deve acontecer depois do Campeonato Paulista – a primeira fase acaba dia 7 de abril. Assim, o jogador poderia até ser inscrito na Taça Libertadores. Nas oitavas de final, o Timão tem o direito de adicionar à lista mais três atletas, além de trocar outros três.



Se a negociação for sacramentada, o Corinthians será o primeiro grande clube da carreira de Paulinho. Ele foi revelado nas categorias de base do Pão de Açúcar-SP e atuou também pelo Juventus-SP. O jogador teve também rápidas passagens pelo Vilnius, da Lituânia, e pelo Lodz, da Polônia.



Até o fim da temporada, o Timão não deve investir em grandes nomes para reforçar o elenco. A intenção da diretoria é não perder ninguém na reabertura do mercado internacional, em julho, já que a Libertadores se estenderá até agosto. O lateral-direito Diego Macedo, também do Bragantino, é outro nome comentado no clube.

Alessandro volta a treinar no gramado.

Lateral-direito se recupera de uma lesão muscular na coxa direita. Seu último jogo foi no dia 7 de março, contra o São Caetano, pelo Paulistão

Depois de quase um mês fora de combate, Alessandro está de volta aos treinamentos no campo. Mas ainda sem bola. Nesta sexta-feira, o lateral-direito do Corinthians correu em volta do gramado e mostrou que está em fase final de recuperação de um problema muscular na coxa direita. Ainda não se sabe a data do seu retorno.

A última vez que Alessandro esteve em campo pelo Timão foi no dia 7 de março, na vitória por 1 a 0 sobre o São Caetano, pelo Campeonato Paulista, na Arena Barueri. Após essa partida, o lateral chegou a viajar para Bogotá, na Colômbia, onde o clube jogou pela Libertadores com o Independiente Medellín, mas foi vetado.

Titular absoluto da lateral direita desde 2008, o Guerreiro, como é chamado pelos companheiros, terá um grande desafio pela frente: tirar Moacir da equipe. O ex-jogador do Sport está jogando bem na posição, tem recebido elogios do técnico Mano Menezes e já avisou que não vai entregar facilmente o lugar.

Ainda com Alessandro fora, o Corinthians volta a campo neste domingo, às 16h (de Brasília), contra o Ituano, em São José do Rio Preto. Com 29 pontos, o Timão aparece em quinto lugar na tabela e precisa, além de vencer, torcer por um tropeço de Grêmio Prudente ou São Paulo para retornar ao G-4 e se aproximar da classificação.

Felipe de volta.

Recuperado de lesão na coxa direita, camisa 1 deu lugar a Rafael Santos nas vitórias sobre o São Paulo (4 a 3) e o Cerro Porteño (2 a 1)

O Corinthians deve ganhar um importante reforço para este domingo: o goleiro Felipe. Ele treinou normalmente nesta sexta-feira com o restante do grupo, no Parque São Jorge, e mostrou que está recuperado de lesão muscular na coxa direita. A partida contra o Ituano será às 16h, em São José do Rio Preto, pela penúltima rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista.

A última partida em que Felipe esteve em campo foi na derrota para o Paulista. Depois, ficou fora do clássico com o São Paulo, vencido pelo Timão por 4 a 3, e do triunfo sobre o Cerro Porteño, pela Libertadores, na última quinta-feira. Nessas duas partidas, Rafael Santos foi o titular do gol e teve atuações irregulares.

Assim, do time titular que vem jogando, o desfalque certo é o atacante Dentinho. Suspenso por conta da expulsão no clássico, ele muito provavelmente será substituído por Jorge Henrique.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Sem sonhar com Copa de 2010, Elias mira vaga no Mundial de 2014, no Brasil


Volante tem sido um dos principais destaques do Corinthians nas últimas duas temporadas. São 111 jogos, 16 gols e três títulos

Elias tem sido um dos principais jogadores do Corinthians na história recente. Foi campeão da Série B, do Paulistão e da Copa do Brasil como titular absoluto do time do técnico Mano Menezes. Mas nada disso o faz pleitear um lugar na seleção brasileira. Pelo menos não para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

- Hoje não me vejo na seleção brasileira. A equipe que foi formada pelo Dunga está fechada e muito focada no Mundial. Mas eu espero estar na outra Copa do Mundo (em 2014, no Brasil). Até lá vou trabalhar e batalhar muito para ter o meu lugar – declarou o camisa 7 da equipe do Parque São Jorge.

Contratado pelo Corinthians em maio de 2008, Elias já tem 111 partidas com a camisa alvinegra e 16 gols. No clássico do último domingo, contra o São Paulo, por sinal, o primeiro gol da vitória por 4 a 3 foi dele. O triunfo nessa partida tem feito muito bem ao elenco corintiano, que vinha sendo bastante cobrado pelo mau rendimento.

- Independentemente de vitória ou derrota, nós sempre trabalhamos com alegria, porque quando você está triste o trabalho não rende. Não importa o que acontece dentro ou fora e campo, na hora de trabalhar é preciso seriedade – completou Elias.

Nesta quinta-feira, o Corinthians tem mais um desafio pela Taça Libertadores da América. O adversário será o paraguaio Cerro Porteño, às 19h15m (de Brasília), no estádio do Pacaembu. Líder do Grupo 1, com sete pontos, o Timão está invicto na competição sul-americana, com duas vitórias e um empate.

Felipe está praticamente fora de jogo da Libertadores; Chicão deve atuar na quinta

Felipe está cada dia mais longe de enfrentar o Cerro Porteño nesta quinta-feira, às 19h15m (de Brasília), no estádio do Pacaembu, pela quarta rodada do Grupo 1 da Taça Libertadores da América. Em recuperação de um problema muscular na coxa direita, o goleiro ficou mais uma vez fora do treinamento no campo nesta terça-feira.

O camisa 1 do Timão ficou fora da partida do último domingo, contra o São Paulo, no Pacaembu, e esperava retornar para defender o Corinthians na Libertadores. Mas como não voltou a trabalho no gramado com o restante dos jogadores será difícil ele se recuperar até quinta-feira. Por outro lado, Chicão deve reaparecer na equipe.

Liberado depois de um problema na planta do pé direito, o zagueiro trabalhou normalmente no treino tático comandado pelo técnico Mano Menezes nesta terça-feira, no Parque São Jorge, e muito provavelmente será a dupla de William no duelo com os paraguaios. O atleta não atua desde a vitória sobre o Cerro, em Assunção, no dia 17.

Assim, a provável escalação do Timão na quinta-feira deve ser: Julio Cesar; Moacir, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias e Danilo; Dentinho e Ronaldo.

terça-feira, 30 de março de 2010

Lulinha ironiza a bixarada no twitter.


Auxiliar de preparação física do Corinthians, Luís Claudio Lula da Silva se envolveu em uma polêmica. Lulinha postou no Twitter uma frase ironizando o São Paulo e causou a revolta dos tricolores. O Timão deve divulgar uma nota oficial sobre o assunto nesta terça-feira.

Filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lulinha escreveu a seguinte frase: "olha contaram uma piada p mim.. eu nao achei graça mas vou passar: Amanha tem Monterrey contra um monte de gay... que pecado rs rs(sic)".

Campeonato Paulista 29/03/2010 - CORINTHIANS x SPFW

Timão bate os bambis por 4 a 3 com gol no fim e joga crise para o MorumbiXa.



CHUUUUPA BIXARAAAAADA, HAHAHAH!!!!
"Clientes preferenciais." rs
VAI CORINTHIANS!!!

Atualidade

• 2001: GOL QUE VALEU O ANO – Para o Corinthians, 2001 começou mal,com o maior jejum de vitórias de toda a história do clube, e terminou insosso, com a 18ª colocação entre 28 times que disputaram o Brasileiro. No meio de tudo isso, derrota para o Grêmio na final da Copa do Brasil. E uma grande virada no Paulista, que deu ao Timão seu 24º título estadual. O gol de Ricardinho, marcado já nos acréscimos, matou o Santos nas semifinais e valeu, sozinho, pelo ano inteiro. (73J, 33V, 16E, 24D, 140GP, 106GC)

• 2002: VIVA PARREIRA – O pragmático Carlos Alberto Parreira, quem diria, caiu como uma luva no Corinthians. Jogando como o técnico gosta, valorizando a posse de bola e só partindo e só partindo para o ataque “na boa”, o time ganha o Rio-São Paulo (vitaminado naquele ano em detrimento dos estaduais) e a Copa do Brasil. No Brasileiro, chega à decisão com o Santos de Robinho. Foi quase uma tríplice coroa. (71J, 37V, 18E, 16D, 123GP, 89GC)

• 2003: GLÓRIA E DEBANDADA – Mantendo a tradição anual que vinha sem se interromper desde 1997, o Corinthians é campeão também em 2003. O título paulista foi conquistado, uma vez mais, em cima do São Paulo. Em mais uma tentativa de conquistar a Libertadores, o Timão cai nas oitavas-de-final diante do River Plate, da Argentina. No Brasileiro, sofre com a debandada de seus principais jogadores (Fábio Luciano, Kléber, Leandro, Jorge Wágner e Liédson vão todos embora ao mesmo tempo) e não vai além de um modesto 15º lugar. (69J, 58V, 14E, 27D, 104GP, 96GC)

• 2004: COM MEDO DE CAIR – No Paulistão, o Corinthians só não foi parar na Série A-2 graças a uma vitória do São Paulo sobre o Juventus, na última rodada. No Brasileiro, embora não tivesse sido diretamente ameaçado pela queda para a Série B, a equipe inspirava cuidados. Tanto que o técnico Tite optou por uma pragmática retranca, e ainda acabou colocando o Timão em um honroso quinto lugar. (62J, 25V, 18E, 19D, 70GP, 71GC)

• 2005: TETRA EM RITMO DE TANGO – A passagem de 2004 para 2005 é marcada pela aprovação da parceria com o Grupo MSI e pela chegada de uma série de jogadores chamados galácticos (os volantes Marcelo Mattos e Mascherano, os meias Carlos Alberto e Roger e os atacantes Carlitos Tevez e Nilmar). No Paulistão, disputado em pontos corridos, é o vice-campeão atrás do São Paulo. Mas no Brasileiro, liderado pelo atacante argentino, conquista o tetracampeonato em um torneio marcado pelo escândalo da “máfia do apito”. (76J, 40V, 17E, 19D, 141GP, 95GC)

• 2006: INÍCIO DA CRISE – Focado na disputa da Libertadores, o Timão deixa o Campeonato Paulista de lado e termina apenas na sexta colocação. Na competição continental, porém, sua mais doída queda. Após boa primeira fase, cai novamente nas oitavas-de-final frente ao River Plate, da Argentina, em pleno Pacaembu. Meses depois, a equipe galáctica é desfeita e o Corinthians termina o Brasileirão apenas na décima posição. (69J, 30V, 14E, 25D, 103GP, 87GC)

• 2007: “EU NUNCA VOU TE ABANDONAR” – Se há um ano para apagar da memória de qualquer corinthiano, é o de 2007. Sem o dinheiro da parceira MSI, o Corinthians não consegue montar um time competitivo e amarga péssimos resultados. Nos bastidores, uma reformulação na diretoria prometia uma reestruturação no clube. Em campo, no entanto, passaram pelo comando do time nada menos que quatro treinadores ao longo do Paulistão (terminou na nona colocação), Copa do Brasil (caiu nas oitavas-de-final diante do Náutico) e Brasileirão (17º e rebaixado pela vez à Série B). Mesmo diante do inferno, no entanto, a torcida alvinegra, em um misto de desperto e paixão, canta seu amor pelo clube. (64J, 20V, 19E, 23D, 85GP, 87GC)

• 2008: O CORINGÃO VOLTOU – Em 2008, vencer a Série B era obrigação. O elenco rebaixado é reformulado e uma nova equipe surge. Mais forte, mais vibrante, mais apaixonada. No Paulistão, em meio a essa mudança, o Timão termina na quinta posição. Na Copa do Brasil, é derrotado apenas na final pelo Sport, no Recife, e adia o sonho de voltar à Libertadores. Já no Brasileiro, cumpre seu papel, domina de ponta a ponta e conquista o título de forma indiscutível. (70J, 44V, 16E, 10D, 134GP, 56GC)

• 2009: FENOMENAL – De volta à elite, o Corinthians começa o ano de 2009 anunciando a contratação de Ronaldo (o maior artilheiro da história das Copas). Em campo, ainda precisava de sua redenção. E ela veio com os títulos paulista (o 26º de sua história e o quinto de forma invicta) e da Copa do Brasil (o tri, que garante o clube na Libertadores no ano de seu centenário).

Do céu ao inferno e novamente ao céu

Nunca na história a gangorra corinthiana oscilou tanto quanto na década de 2000. De títulos à troca de diretoria, passando pelo mais dolorido fato para os alvinegros, o rebaixamento à Série B do Nacional, e a consequente reabilitação. Um ano após sua consagração mundial, o clube continuou com sua mania de ser campeão.

Maior vencedor do Campeonato Paulista no século XX, o Corinthians começou o século XXI conquistando seu 24º título estadual. Inesquecível foi o duelo nas semifinais, contra o Santos, que se classificava com o empate (1 a 1) até os 47 minutos do segundo tempo, quando Ricardinho apareceu para marcar o gol da vitória. No ano seguinte, 2002, já sob o comando de Carlos Alberto Parreira, o Timão conquistou a Copa do Brasil 72 horas após vencer também o Rio-São Paulo, diante do São Paulo. O ano só não foi completo por causa da derrota para o Santos na final do Brasileirão.

Mantendo a tradição de conquistar pelo menos um título importante por ano desde 1997, o Corinthians deixa sua marca também em 2003, com mais um Paulista sobre o São Paulo. Pena que este último título tenha sido acompanhado por mais uma desclassificação na Libertadores, diante dos argentinos do River Plate, e pela péssima campanha no Brasileirão.

Em 2005, bombado pelo dinheiro da parceria com o Grupo MSI, o Corinthians trouxe uma série de galácticos. Jogadores como Roger, Carlos Alberto e, principalmente, o argentino Carlitos Tevez (o melhor de 2004 na América do Sul). Após o vice-campeonato estadual, a equipe conquistou seu tetracampeonato brasileiro (seu primeiro no sistema de pontos corridos). O torneio, no entanto, foi marcado pelo escândalo da “máfia do apito”, mas nada que tirasse o brilho dos gols de Tevez, que não demorou a virar ídolo da Fiel.

No ano seguinte, a eliminação na Libertadores, novamente para o River Plate, desta vez em pleno Pacaembu, seguida da saída do parceiro, trouxe consequências trágicas para a história do clube. Endividado, o Corinthians não conseguiu mais montar um time competitivo. Nos bastidores, a mudança da diretoria (sai Alberto Dualib e chega Andrés Sanchez prometendo renovação e transparência). Em campo, porém, o trágico, porém inevitável. Em 2007, a péssima campanha no Brasileiro culmina com o rebaixamento à Série B.

Este momento negro na gloriosa história alvinegra reforçou o amor incondicional da Fiel torcida por seu clube e possibilitou toda uma reestruturação no departamento de futebol. 2008 foi o ano em que “o Coringão voltou”, grito cantado pela massa após a conqusita da segunda divisão, encarada como uma obrigação. A derrota na final da Copa do Brasil para o Sport nem foi tão sentida. O retorno, todavia, se consumou neste ano. A chegada de Ronaldo, maior artilheiro da história das Copas, e as conquistas do Paulista, de forma invicta, e da Copa do Brasil, colocam novamente o Timão na sua condição de grande equipe do futebol brasileiro.

Anos 80.

• 1981: UM ANO PARA ESQUECER – No Brasileiro, uma vergonhosa 26ª colocação, o pior lugar alcançado pelo Corinthians em todos os campeonatos que disputou até hoje. No Paulista (que, na época, era classificatório para o Nacional), o oitavo lugar empurra o Timão para a disputada da Taça de Prata de 1982, equivalente à atual Série B do Campeonato Brasileiro. Para que lembrar 1981? (74J, 26V, 26E, 22D, 97GP, 83GC)


• 1982: RENASCIDO DAS CINZAS – Bastaram três meses para o Corinthians não só sair da taça de Prata para a de Ouro como chegar entre os quatro melhores times do Brasil naquele ano. No Campeonato Paulista, a ressurreição continuou com a conquista do título. Não houve milagre, mas uma mudança na filosofia de trabalho, chamada Democracia Corinthiana. (76J, 43V, 20E, 13D, 136GP, 70GC)


• 1983: BIS PARA A DEMOCRACIA – O novo sistema de trabalho implantado por Sócrates e seus companheiros se consolida com a conquista de um bicampeonato estadual, depois de 30 anos. No Campeonato Brasileiro, porém, o Timão deixa escapar a conquista inédita, eliminado nas oitavas-de-final pelo modesto Goiás. (72J, 35V, 25E, 12D, 115GP, 67GC)

• 1984: ADEUS AO TRI – Sócrates vai embora, comprado pela Fiorentina, da Itália. Com o dinheiro da venda, o Corinthians começa a montar um esquadrão, que em campo jamais corresponderia à sua fama. No Brasileiro, o time cai nas semifinais, vencido pelo futuro campeão Fluminense. No Paulista, deixa escapar o tri no último jogo, para o Santos. (76J, 37V, 25E, 14D, 113GP, 61GC)

•1985: ESQUADRÃO DE PAPEL – Carlos; Édson, Juninho, De León e Wladimir; Dunga, Casagrande e Zenon; Paulo César, Serginho e João Paulo. Todos com passagem pela seleção brasileira (ou pela uruguaia, no caso do zagueiro De León). Em tese, um verdadeiro esquadrão, que ainda contava com boas opções de banco, como Biro-Biro e Arturzinho. Mas, em campo, a seleção corinthiana jamais mostrou serviço: ficou de fora das semifinais tanto no Campeonato Paulista quanto no Brasileiro. (69J, 24V, 29E, 16D, 82GP, 61GC)

• 1986: MODESTO PORÉM DECENTE – Decepcionado com a fraca atuação dos craques de 1985, o clube volta a apostar na boa vontade de jogadores mediano a partir de 1986. No Paulista, o time só cai nas semifinais. No Brasileiro, chega às quartas-de-final. (71J, 35V, 21E, 15D, 98GP, 55GC)

• 1987: VIRADA INESQUECÍVEL – No Campeonato Paulista de 1987, o Corinthians saiu da penúltima colocação do primeiro turno para terminar como um heróico vice-campeão. Na Copa União (o verdadeiro Campeonato Brasileiro, disputado somente pleos 16 maiores clubes do país), o milagre não se repetiu: o time começou mal e terminou pior, em 16º e último lugar. (67J, 24V, 24E, 19D, 81GP, 65GC)


• 1988: À MODA DE VIOLA – Ao longo de todo o Campeonato Paulista de 1988, ninguém acreditava no Corinthians. Nem mesmo quando o time chegou à decisão contra o Guarani, graças a uma providencial vitória do Palmeiras sobre o São Paulo. Até que um garoto de 19 ano chamado Viola fez o gol da vitória, já na prorrogação. Mais um título à moda corinthiana. (59J, 23V, 23E, 13D, 69GP, 48GC)

•1989: DUAS VEZES QUASE LÁ – A eliminação na final do Campeonato Paulista ninguém esperava (foi contra o pequeno São José, quando bastava empatar o jogo ou vencer a prorrogação). O Timão também liderou seu grupo durante boa parte do Campeonato Brasileiro, mas viu as chances de decidir o título diminuírem nas últimas rodadas. (59J, 27V, 14E, 18D, 75GP, 53GC)

• 1990: O DONO DO BRASIL – Maior campeão de seu Estado, o Corinthians não dava sorte em competições nacionais. Mas essa história acabou de vez quando, embalado pelos gols de falta de neto, um elenco sem grandes estrelas levantou a primeira taça de campeão brasileiro da história do Timão. (69J, 31V, 30E, 8D, 66DP, 40GC).

Tempos democráticos

Tudo começou com o oitavo lugar no Paulista de 1981, que empurrou o Corinthians para a disputa da Taça de Prata, a atual Série B, no Campeonato Brasileiro do ano seguinte. O Timão parecia no fundo do poço, sem rumo. Mas, nos bastidores, o novo diretor de futebol Adílson Monteiro Alves e os jogadores, liderados por Sócrates, Wladimir e, depois, pelo garoto Casagrande, articulavam um movimento que entraria para a história. Sua primeira vitória foi a ascensão da Taça de Prata para a de Ouro naquele mesmo ano, com o Corinthians classificando-se em um honroso quarto lugar. Tão badalada quanto criticada, a Democracia Corinthiana pregava uma maior participação dos atletas nas decisões referentes ao futebol.

E deixou um legado incontestável: o bicampeonato paulista, em 1982/83, conquistado depois de 30 anos. Em ambas as oportunidades a vítima na final foi a mesma: o São Paulo.

Aquela experiência revolucionária encerrou-se em meados d e1984, com a perda do Campeonato Brasileiro nas semifinais, para o Fluminense, e a ida de Sócrates, seu principal mentor, para a Fiorentina, da Itália. O Corinthians, porém, continuou.

Com o dinheiro da venda do Doutor, montou-se no Parque São Jorge uma equipe com um craque com passagem pela Seleção em cada posição: Carlos; Édson, Juninho, De León (uruguaio) e Wladimir; Dunga, Biro-Biro, Arturzinho e Zenon; Serginho e Casagrande. Era para ganhar tudo, mas, como acabou não ganhando nada, já na temporada seguinte o Corinthians voltava à velha política de contenção de gastos, tanto no Paulista quanto no Brasileiro.

Na segunda metade da década, muita coisa ainda iria rola. Uma fantástica reação no Paulista de 1987, do penúltimo lugar do primeiro turno ao vice-campeonato. O gol do então garoto Viola que deu o 20º título paulista, derrotando o Guarani fora de casa e na prorrogação, no ano seguinte. E principalmente a primeira conquista nacional, graças aos gols de falta de Neto, durante a vitoriosa campanha no Brasileiro de 1990. O Corinthians fechava a década classificado para tentar voos internacionais, na Libertadores de 1991.

Anos 70.


• 1971: CAMPEÃO DO POVO – A conquista do Torneio do Povo, que reunia os clubes de maior torcida no país, foi importante naqueles anos tão difíceis. Mas insuficiente para matar a sede geral de títulos. No Paulista, uma vitória histórica sobre o Palmeiras (4 a 3 em um jogo em que o Corinthians chegou a estar perdendo por 2 a 0 e 3 a 2). E mais nada importante. No Campeonato Brasileiro (o primeiro da história), o Timão liderou toda a primeira fase, porém voltou a fracassar na reta final. (63J, 28V, 21E, 14D, 91GP, 63GC)

• 1972: MELHOR NO BRASILEIRO – Era o ano do sesquicentenário da independência no Brasil, mas desta vez o Campeão dos Centenários estava fora da luta pelo título paulista desde o começo do returno. O Brasileiro deixou melhores recordações, porque o time só foi cair na semifinal contra o Botafogo. (68J, 30V, 26E, 12D, 83GP, 49GC)

• 1973: APOSTA NA LINHA-DURA – Como o próprio país (governado com mão forte pela ditadura do general Garrastazu Médici), o Corinthians, em 1973, está nas mãos do disciplinador técnico Yustrich. Mesmo com carta branca para aplicar seus métodos truculentos, o “Homão”, como ele era chamado, não vai além de um quarto lugar no Campeonato Paulista. E de uma 12ª colocação no Brasileiro. (71J, 29V, 26E, 16D, 78GP, 50GC)


• 1974: TRISTE FINAL – Foram 17 anos até reconquistar o direito de brigar pelo título de campeão paulista em uma decisão direta. Quando o Timão finalmente chegou lá, a esmagadora maioria dos mais de 120.000 presentes no Morumbi vestia preto e branco. Mas deu tudo errado. O campeão foi o Palmeiras e a culpa recaiu nas costas de um homem só: Rivelino. Depois de dez anos, o Reizinho do Parque deixou o clube que o revelou. (71J, 28V, 24E, 19D, 81GP, 63GC)

• 1975: DE VOLTA À RETRANCA – Sem Rivelino, mas com o defensivista técnico Milton Buzetto e um time baratinho (bem ao gosto do presidente Vicente Matheus), o Corinthians passa a perder de pouco. Em contrapartida, raramente ganha. Situação que se reflete nos fracos desempenhos no campeonatos Paulista (quarto colocado) e Brasileiro (sexto). (78J, 39V, 23E, 16D, 99GP, 62GC)

• 1976: FIM DAS VACAS MAGRAS – No Paulista as coisas continuaram não indo bem (11º lugar no turno decisivo, a pior colocação do clube até então na história). Mas, no Brasileiro, uma massa humana invadiu o Maracanã na semifinal contra o Fluminense para empurrar o time rumo à decisão. Deu Internacional, mas, àquela altura, o processo de redenção era irreversível: estava tudo pronto para os novos tempos, que começariam já no ano seguinte. (74J, 35V, 18E, 21D, 94GP, 58GC)


• 1977: O ANO QUE NÃO ACABOU – O bate-pronto certeiro de Basílio, aos 36 minutos do segundo tempo da decisão co Campeonato Paulista contra a Ponte Preta, mudou para sempre a história do Corinthians. Naquela noite de 13 de outubro, o time traumatizado das últimas décadas começava a dar lugar a um outro. Forte, temido, vencedor. E que assim permanece até hoje. (77J, 44V, 14E, 19D, 122GP, 63GC)

• 1978: NOVOS E BONS TEMPOS – Livre da responsabilidade de quebrar uma escrita maldita, o Corinthians começa a jogar mias bonito. Chegam Amaral, Biro-Biro e, principalmente, Sócrates, o homem que mudou a maneira de pensar e agir do time e da torcida. Suas tabelinha infernais com Palhinha se tornaram a marca registrada dessa nova era. (61J, 26V, 24E, 11D, 70GP, 47GC)

• 1979: GOLPE DE MESTRE – Perdido o título de 1978 (afinal decidido por Santos e São Paulo, já na metade do ano seguinte), o Timão passou a se dedicar exclusivamente ao Paulista de 1979. Para isso, abriu mão, até, de disputar o Brasileiro. Valeu a pena: graças a uma manobra de bastidores do presidente Vicente Matheus, a decisão foi adiada para o início de 1980. O Palmeiras, favorito, perdeu o pique. E o Timão, que era zebra, atropelou mais uma vez. (73J, 35V, 26E, 12D, 108GP, 63GC)

• 1980: DA EUFORIA À DEPRESSÃO – No começo do ano o Corinthians é novamente campeão, superando Palmeiras e Ponte Preta nas semifinais e finais do Paulista de 1979. Em novembro, amarga a perda do bi com uma derrota para a mesma Ponte nas semifinais do segundo turno. A campanha no Brasileiro (quinto colocado entre 40 participantes) não foi das piores, mas a torcida, empolgada com a recente conquista estadual, esperava mais. (66J, 35V, 19E, 12D, 103GP, 55GC)

Xô, uruca!

Um único gol, marcado por Basílio aos 36 minutos do segundo tempo da decisão do Campeonato Paulista de 1977, contra a Ponte Preta, marca a fundação de um novo Corinthians.

Antes daquele lance, o que existia era um Timão traumatizado por seguidos insucessos. Como a perda do Brasileiro de 1971 na segunda fase, após liderar a primeira, e do de 1972 para o Botafogo, nas semifinais. Do Paulista de 1974 para o Palmeiras, em uma decisão esperada havia duas décadas em que Rivelino acabou servindo de bode expiatório. De outro Brasileiro, em 1976, para o Inter de Falcão. As conquistas eram insatisfatórias para a exigente Fiel, como o Torneio do Povo de 1971 e o Laudo Natel de 1973.

As alegrias, poucas, como um histórico 4 a 3 sobre o Palmeiras em jogo de turno do Paulistão de 1971, em que o Timão chegou a estar perdendo por 2 a 0 e 3 a 2.

Já em 1976 começou a sensação de que a maré iria mudar, quando mais de 70 mil corinthianos invadiram o Maracanã para assistir à semifinal do Brasileirão contra a Máquina do Fluminense e trazes, nos pênaltis, a classificação para a finalíssima contra o Inter. A taça, mais uma vez, não veio, porém ficou a esperança. Mas foi mesmo depois de Basílio (e, principalmente, de Sócrates, contratado em agosto de 1978) que a má fase virou passado.

O Timão ganhou o primeiro turno de 1978 na base das tabelinhas geniais de Palhinha e Sócrates, fechou os anos 70 com mais um título, o Paulista de 1979 (conquistado outra vez em cima da Ponte), e exorcizou de vez todos os seus fantasmas.

Anos 60.

• 1961: O ANO DO “FAZ-ME RIR” – Era para ser apenas o título de uma música romântica, sucesso na voz de Edith Veiga. Mas “Faz-me Rir” acabou virando, também, o apelido dado pelos rivais para o time do Corinthians em 1961. Ao longo do Campeonato Paulista, foram utilizados 27 jogadores e dois técnicos (Martim Francisco substituiu Alfredo Ramos). A equipe, que chegou a virar o turno nas últimas colocações, terminou em sexto lugar. Mas não se acertou em nenhum momento. (66J, 31V, 13E, 22D, 128GP, 110GC)

• 1962: SINAIS DE MELHORA – o Corinthians ganha a I Taça São Paulo, um torneio eliminatório envolvendo as equipes de todas as divisões do Estado, que jamais voltou a ser realizado. No Campeonato Paulista, é vice-campeão, ao lado do São Paulo. Silva e Ney formam uma dupla de ataque infernal, que, na tabela dos artilheiros, só fica atrás de Pelé e Coutinho. Mas o título, uma vez mais, fica com o Santos. (57J, 34V, 13E, 10D, 148GP, 72GC)



• 1963: TRÊS TÉCNICOS EM UM ANO – Fleitas Solich (mantido depois do bom trabalho da temporada anterior), Rato e Del Debbio foram os treinadores corinthianos durante o ano de 1963. Mas nenhum deles conseguiu dar o padrão de jogo desejado á equipe, modesta nona colocada entre os 16 participantes do Campeonato Paulista, ao lado de Botafogo de Ribeirão Preto e XV de Piracicaba. (55J, 26V, 12E, 17D, 98GP, 75GC)

• 1964: TRABALHO PERDIDO – Luizinho, um dos maiores ídolos da história Corinthians, volta de um empréstimo ao Juventus para encerrar a carreira no Parque São Jorge. Flávio, com 22 gols, só perde a artilharia para Pelé, que fez 34. O time disputa o título até a penúltima rodada, quando consegue fazer quatro gols no Santos. Mas, naquele dia, o adversário estava mais endiabrado do que nunca. Pelé marcou quatro, Coutinho três. Final: Santos 7 a 4. E o Timão ficou só como terceiro lugar, ao lado da Portuguesa. (65J, 29V, 12E, 13D, 95GP, 63GC)

• 1965: SURGE UM NOVO REI – O ano começa com o aparecimento de Rivelino, o Reizinho do Parque, considerado por muitos o maior jogador que já vestiu a camisa alvinegra. E termina com um honroso terceiro lugar no Paulistão, atrás da dupla Santos e Palmeiras. (66J, 35V, 15E, 16D, 149GP, 93GC)



• 1966: NASCE O TIMÃO – “Vocês vão ver como é Ditão, Nair e Mané”, anunciava a primeira página do jornal A gazeta Esportiva do dia 2 de março de 1966. Uma adaptação da conhecida música de Jackson do Pandeira que falava da Copa do Mundo de 1962 e de “Didi, Garrincha e Pelé”. Naquela noite (a da estreia do fenomenal Mané Garrincha, jogando contra o Vasco ao lado dos também recém-contratados Ditão e Nair), estava para nascer um novo Corinthians. Que também não saiu dos sonhos da Fiel. Porém o apelido, criado pela imprensa paulistana para aquela equipe, ficou até hoje: Timão. (62J, 38V, 12E, 12D, 141GP, 79GC)

• 1967: TIMÃO QUASE LÁ – No Torneio Roberto Gomes Pedrosa (primeira versão do Brasileiro, que já contava com times mineiros, gaúchos e um paranaense), o Corinthians lidera de ponta a ponta. Mas fracassa no quadrangular final, diante do Palmeiras e da dupla Grenal. No Paulista, as chances eram boas. Até Barbosinha sofrer dois gols de Tupãzinho, no clássico com o Palmeiras. Flávio consegue a artilharia, com 21 gols. (55J, 32V, 15E, 16D, 149GP, 93GC)



• 1968: ENFIM, CAI O TABU – Dois gols (um de Paulo Borges e outro de Flávio) devolvem ao corinthiano a alegria de comemorar uma vitória contra o Santos em jogos do Paulista, após 11 sofridos anos. A festa é tão grande que a equipe se desconcentra do campeonato. Mesmo assim, chega em segundo, atrás do próprio time de Pelé, embora com grande diferença de pontos. No Robertão, a terceira colocação no Grupo A foi insuficiente para levar o Corinthians ao quadrangular final, também vencido pelos santistas. (54J, 32V, 7E, 15D, 95GP, 59GC)

• 1969: A MORTE PEDE CARONA – O time vinha bem, liderando o Paulista de 1969 (São Paulo, Palmeiras, Santos e Portuguesa foram todos derrotados nos jogos do primeiro turno). Até que um desastre de automóvel tirou a vida do lateral-direito Lidu, 22 anos, e do ponta-esquerda Eduardo, 25. Traumatizada, a equipe naufraga no quadrangular decisivo do Paulista. Depois, perde boa chance de ganhar o Robertão. (65J, 35V, 16E, 14D, 113GP, 62GC)

• 1970: TRÊS TRIS NO TIME – Do Brasil campeão na Copa do México, em 1970, um titular (Rivelino) e um reserva (o goleiro Aldo) eram corinthianos. Até o fim da temporada, o clube contrataria outro tri mundial (o lateral-direito Zé Maria, reserva de Carlos Alberto Torres, que ainda pertencia à Portuguesa). Mesmo com tantos cobras no time, o Corinthians amarga seu 16º ano de jejum. (64J, 19V, 27E, 18D, 83GP, 62GC)

Bate o desespero

Se existe uma década que o corinthiano gostaria de esquecer é a de 1960. Afinal, foi a única, em 99 anos de história, em que o time não ganhou nenhum título importante (excetuando-se o Rio-São Paulo de 1966, esquartejado entre Timão, Botafogo, Vasco e Santos, por absoluta falta de decisão). Os anos 60 começaram com a assustadora campanha no Paulista de 1961m cujo time foi maldosamente apelidado de “Faz-me Rir”, em referência a um boleiro com este nome. E foram terminar com os fracos desempenhos no Paulista e no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, a Taça de Prata de 1970.

Mas nem só de tristezas para os corinthianos foi feito este período. Alegrias também aconteceram, e muitas. A maior delas foi o surgimento de um jogador canhoto, hábil, de chute potente, que parecia predestinado a tirar a equipe do buraco em que se encontrava. Chamava-se Roberto Rivelino e apareceu em 1965. Outros motivos para festejar foram o entrosamento e os gols da dupla Silva e Ney, entre 1962 e 64. A conquista da Taça São Paulo, que envolveu clubes de várias divisões do Estado, em 1962. Os vice-campeonatos paulistas de 1962 (ao lado do São Paulo), 1966 e 1968. O gol de canela de Benê que despachou o São Paulo para um jogo extra perdido para o Santos e para mais um ano na fila, em 1967. Até a camisa da Seleção o Timão chegou a vestir, em um jogo com o Arsenal, em 1965.

Nada, porém, superou a queda do famigerado tabu de 11 anos sem vitórias sobre o Santos (e, por tabela, sobre Pelé), no inesquecível 6 de março de 1968. Quem viveu garante: naquela noite, os gols de Paulo Borges e Flávio a tudo redimiram. O grito maior, de “campeão”, no entanto, ainda ficaria preso na garganta da Fiel por mais nove dolorosos anos.

Anos 50.

• 1951: GOLS CONTRA A MALDIÇÃO – O Corinthians interrompe o sofrimento de nove anos sem um título de campeão paulista em grande estilo. Cláudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário formavam o ataque que pela primeira vez na era profissional ultrapassou a marca dos 100 gols no futebol paulista. Eles marcadas 103 vezes em 28 partidas, uma incrível média de 3,67 por jogo. O artilheiro do ano também foi corinthiano (Carbone, com 30 gols). (49J, 35V, 6E, 8D, 167GP, 81GC)

• 1952: EXTREMAMENTE FÁCIL – O bicampeonato paulista (conquistado, de fato, no início de 1953) veio com extrema facilidade. Foram 25 vitórias em 30 jogos, com direito a mais um corinthiano na galeria dos artilheiros da competição (Baltazar, com 27 gols). O ano ficou marcado, também, pela vitoriosa excursão à Europa, em que o Corinthians perdeu apenas um de seus 16 jogos pela Turquia, Suécio, Dinamarca e Finlândia. (67J, 49V, 9E, 9D, 202GP, 79GC)

• 1953: ANO DE PREPARAÇÃO – Diz a lenda que, após a conquista do bicampeonato paulista em 1953 (já nocomeço de 1953), o presidente Alfredo Ignácio Trindade teria reunido o elenco e perguntado “Vocês preferem ser tricampeões em 1953 ou ganhar o Campeonato Paulista do IV Centenário de São Paulo em 1954?”. A maioria teria ficado com a segunda opção. Verdade ou não, o fato é que 1953 foi mesmo um ano de preparação para a conquista da temporada seguinte. Nem por isso faltaram títulos, como os de mais um Torneio Rio-São Paulo e o da Pequena Taça do Mundo, disputada na Venezuela. (58J, 39V, 11E, 8D, 134GP, 80GC)

• 1954: GLÓRIA PARA O PLURAL – Até 1954, em razão do título paulista conquistado em 1922 (ano do I Centenário da Independência do Brasil), o Corinthians era conhecido como o Campeão do Centenário. Depois do título do IV Centenário da fundação de São Paulo (decidido já em fevereiro de 1955), a glória foi para o plural. O Timão passou a ser o Campeão dos Centenários. De quebra, o time fatura mais um Rio-São Paulo e a Taça Charles Miller, derrotando Palmeiras e São Paulo. (63J, 41V, 12E, 10D, 155GP, 83GC)

• 1955: UM NOVO RIVAL – O ano começou bem, com a conquista do título do IV Centenário, referente à temporada anterior, e a vitória no Torneio Internacional Charles Miller. Mas terminou mal. Queixando-se mais das arbitragens do que tratando de jogar bola, o time deixou o bi escapar nas últimas rodadas. O campeão, depois de 20 anos, foi o Santos, ainda de Pelé. A partir dali, com um novo e forte concorrente, acabou o reinado do Timão. (61J, 35V, 11E, 15D, 130GP, 86GC)


• 1956: O FIM DA HEGEMONIA – Envelhecido, o time tantas vezes campeão já não era mais o mesmo. Enquanto isso, crescia o Santos, reforçado a partir do final do ano pelo gênio Pelé. Apesar das dificuldades, o Corinthians só foi ultrapassado por Santos e São Paulo nas últimas rodadas, chegando em terceiro. E realizou um velho sonho, ao conquistar pela primeira vez a Taça dos Invictos, após 25 jogos sem derrotas. (69J, 46V, 14E, 9D, 193GP, 101GC)

• 1957: O ÚLTIMO SUSPIRO – O Corinthians liderou o Campeonato Paulista de ponta a ponta, desde a fase de classificação, sem perder nenhum jogo. Ganhou de novo a Taça dos Invictos, dessa vez com uma série de 35 jogos e em definitivo. Mas na reta final perdeu para Santos (0 a 1) e São Paulo (1 a 3). De líder absoluto, o Timão terminou em terceiro. Foi o último suspiro da equipe, que só voltaria a jogar uma final direta longos 17 anos depois, contra o Palmeiras, em 1974. (70J, 37V, 19E, 14D, 159GP, 103GC)

• 1958: COMEÇA A DECADÊNCIA – Oswaldo Brandão, o comandante de tantas vitórias, já não era mais o técnico. Cláudio, que o substituiu no banco, já não estava mais em campo. E Pelé, no auge de sua forma, começava a fazer do Santos o melhor time do mundo. Por um bom tempo, o Corinthians forte, vencedor, viraria coisa do passado. (68J, 39V, 16E, 13D, 151GP, 94GC)

• 1959: A FILA COMEÇA A PESAR – A presidência sai das mãos de Alfredo Ignácio Trindade para as de Vicente Matheus. No time, a maior novidade é o ponta-esquerda Time, o reserva de Pepe no Santos de Pelé. Mas o título paulista, pelo quinto ano seguido, passa bem longe do Parque São Jorge. O Corinthians é o quinto colocado, atrás de Palmeiras, Santos, São Paulo e até da Ferroviária, de Araraquara. (65J, 36V, 10E, 19D, 134GP, 99GC)

• 1960: EM BUSCA DE UM PELÉ – Para rivalizar com o supertime do Santos, o Corinthians vai buscar o seu “Pelé branco” no Vasco: é Almir Albuquerque, o Pernambuquinho. Mas, no Timão, ele joga pouco (apenas 29 partidas). O time fica só em terceiro no Campeonato Paulista, atrás de Santos e Portuguesa. E, no final do ano, se desfaz de alguns velhos ídolos, como Luizinho e Cabeção, emprestados ao Juventus e ao Comercial de Ribeirão Preto. (67J, 38V, 15E, 14D, 129GP, 84GC)

Glórias Mil



Campeão do ressuscitado Rio-São Paulo em 1950. Campeão paulista em 1951, quebrando um jejum que já chegava aos fez anos. Bi estadual em 1952, campeão da pequena Taça do Mundo, na Venezuela, em 1953, bi do Rio-São Paulo em 1953/54, campeão do Torneio Internacional Charles Miller em 1955... Ufa! Nos primeiros cinco anos da década de 1950, o Corinthians ganhou absolutamente tudo o que disputou. O segredo? Uma renovação completa começada ainda no final de 1949.

Caras novas e talentosas, como o goleiro Cabeção, o lateral-direito Idário, o centromédio Roberto Belangero e o Pequeno Polegar Luizinho, todos vindos das equipes de base, tornaram-se logo conhecidos da Fiel. Juntos com os remanescentes Cláudio e Baltazar, mais o goleiro Gilmar, vindo do Jabaquara no começo da década, eles formaram um dos maiores times corinthianos de todos os tempos.

Símbolos daqueles anos felizes eram também o presidente Alfredo Ignácio Trindade e seu fumegante charuto, sinônimo de corinthianismo. Em 1951, o ataque formado por Cláudio Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário chegou à marca dos 103 gols em 28 partidas (3,67 gols, em média, por jogo). O ano de 1954 foi o da inesquecível conquista do IV Centenário da fundação da cidade.

Faltava a tradicional Taça dos Invictos de A Gazeta Esportiva, ela veio, duas vezes: em 1956, de forma provisória, e em 1957, em definitivo, com um inesquecível empate em 3 a 3 com o Santos, gol de Paulo no último minutos. A derrota para o São Paulo na decisão do Paulista daquele ano, que o Corinthians liderou de ponta a ponta, foi o canto do cisne da grande equipe. O Timão dos anos 50 envelheceu, não soube se renovar e daí em diante enfrentaria a concorrência desigual do Santos de Pelé. Por 22 anos, não seria mais o mesmo.

Anos 40.

• 1941: JANGO, BRANDÃO E DINO – Uma nova sequência de craques passa a soar como música, partes inseparáveis de um mesmo verso, para os ouvidos corinthianos: Jango, Brandão e Dino. Eles formavam a linha média do time campeão do Torneio Início e do Campeonato Paulista de 1941, primeiro título estadual no Pacaembu. Que só não foi invicto porque o Timão, de ressaca, perdeu o último jogo para o Palestra. Teleco voltou a ser o artilheiro do campeonato, com 26 gols. (40J, 30V, 5E, 5D, 125GP, 53GC)

• 1942: MAIS DUAS TAÇAS – Foi o ano da conquista da Quinela de Ouro (espécie de Rio-São Paulo, reunindo Corinthians, São Paulo, Palestra e a dupla Fla-Flu). E também da primeira Taça Cidade de São Paulo, que passou a ser disputada anualmente pelos três primeiros colocados do Paulista do ano anterior. A taça mais importante, porém, escapou: o Paulista ficou com o Palestra, agora Palmeiras. O Timão foi vice, mas fez o artilheiro: Milani, com 24 gols. (35J, 24V, 6E, 5D, 118GP, 58GC)

• 1943: BOBEADA NO FINAL – Bi da Taça Cidade de São Paulo, o Timão liderou também boa parte do Campeonato Paulista. Mas deixou o título escapar para o São Paulo, campeão pela primeira vez desde que foi fundado, em 1935. No ataque, apesar da boa presença de Hércules, o futebol de Teleco vai chegando ao fim. (35J, 25V, 3E, 7D, 115GP, 53GC)

• 1944: DIVINO REFORÇO – Título em 1944, para o Corinthians, só mesmo o do Torneio Início. O destaque do ano ficou por conta da contratação do zagueiro Domingos da Guia. Chamado de Divino Mestre, pai do palmeirense Ademir, perto dos 32 anos ele deixou o Flamengo para emprestar sua categoria à defesa do Timão. (31J, 15V, 6E, 10D, 77GP, 60GC)

• 1945: TEMPOS DE CRISE – Enquanto o mundo saía da crise com o fim da Segunda Guerra, o Corinthians seguia o caminho inverso. Entrava em seu quarto ano sem um título paulista e, durante a temporada, não ganhou nada. Alegrias, em 1945, só com o fato de o time fazer, mais uma vez, o artilheiro (Servílio, 17 gols). E a vitória no segundo turno sobre o São Paulo, que interrompeu uma série de 15 jogos invicto. (40J, 24V, 10E, 6D, 110GP, 66GC)

• 1946: SÓ FALTOU SORTE– Imagine um time ganhar 18 de seus 20 jogos em um campeonato de pontos corridos e, mesmo assim, não ser campeão. Foi isso o que aconteceu com o Corinthians em 1946. O azar do Timão foi ter perdido seus únicos quatro pontos para o mesmo adversário (o São Paulo, que, por sua vez, terminou invicto com 17 vitórias e três empates e levou a taça). O artilheiro, uma vez mais, foi corinthiano (Servílio, com 19 gols). E dois futuros ídolos alvinegros jogaram uma temporada inteira juntos pela primeira vez: Cláudio, ponta-direita, e Baltazar, centroavante. (39J, 26V, 3E, 10D, 110GP, 71GC)

• 1947:CHEGA DE VICE – Na Taça Cidade de São Paulo, o time fez valer, mais uma vez, o velho espírito corinthiano. Derrotado por 5 a 0 pela Portuguesa, devolveu a goleada para o São Paulo (5 a 1) e, com a vitória do rival sobre a Lusa, forçou a realização de uma nova série de jogos, ficando como título. No Campeonato Paulista, o Timão chegou novamente em segundo. Era o terceiro cive seguido, o quinto nos últimos seis anos. (35J, 24V, 5E, 6D, 102GP, 51GC)

• 1948: GLÓRIA INTERNACIONAL – Nos encontros internacionais, o time foi muito bem. Ganhou do River Plate, da Argentina, e do fortíssimo Torino, tricampeão italiano. Aquela, aliás, foi a única derrota do esquadrão europeu em sua excursão pelo Brasil. No ano seguinte, o grande Torino seria dizimado por um desastre aéreo. No âmbito doméstico, o Corinthians ganhou outra vez a Taça Cidade de São Paulo. Mas quem reclamava da sequência de vice-campeonatos deve ter se arrependido: em 1948, o Timão terminou o Campeonato Paulista em quarto, atrás de São Paulo, Palmeiras e Ypiranga. (44J, 25V, 8E, 11D, 105GP, 69GC)

• 1949: HORA DE RENOVAR – A fraquíssima campanha no Canpeonato Paulista de 1949 (quinto lugar, ao lado do Ypiranga, entre 12 participantes) foi o sinal de alerta. Para dar um fim ao jejum de títulos que já durava oito anos, o Corinthians resolve investir na prata da casa garimpada pelo ex-ídolo Rato. E não se arrepende: já no final do ano, com Cabeção, Idário, Luizinho e outros futuros cobras entre os titulares, o Timão dá a arrancada para o título do ressuscitado Torneio Rio-São Paulo. (45J, 21V, 13E, 11D, 112GP, 80GC)

• 1950: ANOS DOURADOS – Que importa se o arquiinimigo Palmeiras ganhou o Campeonato Paulista de 1950? Naquele mesmo ano, o Timão havia sido campeão do Rio-São Paulo. No seguinte, voltou a ganhar o Paulista depois de um jejum de nove anos. Depois, o Corinthians seria bi estadual (1952), ganharia a Pequena Taça do Mundo, na Venezuela (1953), mais dois Rio-São Paulo (1953/54), o Paulista do IV Centenário (1954), o Torneio Internacional Charles Miller (1955), duas vezes a Taça dos Invictos (1956/57)... Começa um dos períodos mais felizes da história alvinegra. (46J, 25V, 13E, 8D, 117GP, 48GC)

A década (quase) perdida.



Se não fosse o título paulista de 1941, o Corinthians teria passado todos os anos 40 em branco. Foi uma campanha quase perfeita: com 16 vitórias em 20 jogos, o Timão se deu ao luxo de perder apenas um, na última rodada, para o Palestra Itália por 2 a 0. Seu ataque marcou, em média, mais de três gols por jogo, e Teleco, mais uma vez, foi o artilheiro da competição, com 26 gols.

Aquele Corinthians do início dos anos 40 tinha, ainda, o goleiro Ciro (campeão paulista pelo Santos em 1935), o zagueiro Agostinho, da Seleção Paulista, a linha média formada por Jango, Brandão e Dino e o ponta-direita Lopes, que, como Brandão, havia jogado a Copa de 1938. Na frente, o “bailarino” Servílio de Jesus fazia companhia a Teleco.

Embora seu time não fosse ruim, o Corinthians, dali para a frente, não ganhou mais nenhum título paulista. Nesse meio tempo, o Timão chegou a contar em suas fileiras com gente como Domingos da Guia, o melhor zagueiro do Brasil em todos os tempos, embora já em final de carreira. Em 1946, por exemplo, a equipe chegou a ganhar 18 de seus 20 jogos do campeonato, mas acabou perdendo os únicos dois para o São Paulo, no turno e no returno, e foi o rival quem ficou com a taça.

Se não ganhava o Paulista, o Timão faturava vários outros troféus. Como a Quinela de Ouro (espécie de embrião do Rio-São Paulo, que reuniu Palestra, São Paulo, Fla e Flu), em 1942. E a Taça Cidade de São Paulo, tradicional triangular de início de temporada entre os três primeiros colocados do ano anterior, que foi parar no Parque São Jorge nada menos que quatro vezes naquele período, em 1942, 43, 47 e 48.

Os vices também foram muitos: o Corinthians foi o segundo melhor time de São Paulo em 1942, 43, 45, 46 e 47. Até o artilheiro do ano o Corinthians sempre fazia, duas vezes com Milani (24 gols em 1942 e mais 20 em 1943) e três com Servílio (17 gols em 1945, 19 em 1946 e 20 em 1947). Só o título, que era bom, não vinha. Para acabar de vez com isso, na virada para a década de 50, promoveu-se uma renovação, que não demorou para dar certo.

Anos 30.

• 1931: DEBANDADA GERAL – A Lazio, da Itália, resolve formar um time praticamente inteiro de brasileiro, que ganhou o apelido de Brasilazio. Embarcam, principalmente, jogadores do Atlético Santista e dos Palestras de São Paulo e Belo Horizonte (os atuais Palmeiras e Cruzeiro). Mas nenhum desses times sentiu mais o golpe do que o esquadrão tricampeão do Corinthians. De uma hora para outra, o time viu-se desfalcado de quatro titulares: o zagueiro Del Debbio e os atacantes Filó, Rato e De Maria. Resultado: um modesto sexto lugar no Paulista e o início de tempos difíceis. (32J, 14V, 10E, 8D, 81GP, 58GC)

• 1932: A MÁ FASE CONTINUA – No ano da Revolução Constitucionalista, São Paulo pegou em armas e o campeonato foi interrompido. Por isso acabou disputado em um só turno, vencido pelo Palestra de ponta a ponta. O Corinthians, ainda abalado com a perda de seus principais jogadores, ficou apenas em quinto, junto com Ypiranga, Portuguesa e Santos. (16J, 7V, 1E, 8D, 42GP, 39GC)

• 1933: O FUNDO DO POÇO – Nunca, nem mesmo durante a fase em que ficou 22 anos sem ganhar um título importante, o Corinthians teria um ano tão difícil como o de 1933m que foi também o primeiro do futebol profissional no Brasil. Pior que a quarta colocação entre apenas oito candidatos ao título e a baixa qualidade de alguns jogadores como Cholla e Gallet, só mesmo as derrotas por goleada para os principais rivais: São Paulo da Floresta (1 a 6), Santos (0 a 6) e, principalmente, Palestra Itália (1 a 5 e 0 a 8). Acompanhando os novos tempos, o Corinthians contrata seu primeiro técnico remunerado, o uruguaio Pedro Mazzulo. (34J, 17V, 4E, 13D, 74GP, 76GC)

• 1934: PRESTÍGIO RECUPERADO – Não foi uma campanha maravilhosa. Mas para quem teve seu prestígio reduzido a quase zero no ano anterior, o quarto lugar no Paulista (atrás de Palestra, São Paulo da Floresta e Portuguesa) já era alguma coisa. Contribuíram para dar uma injeção de ânimo a efetivação de Amílbar Barbuy, um velho ídolo, como técnico e as contratações do consagrado goleiro Jaguaré (ex-Vasco) e do atacante paranaense Teleco, futuramente um dos maiores ídolos da história do clube. (29J, 19V, 3E, 7D, 62GP, 34GC)

• 1935: SURGE O REI DAS VIRADAS – Teleco era o nome daquele mulato que cansou de fazer gols virando o corpo no ar. O Corinthians foi buscá-lo bi Britânia, do Paraná, para ser artilheiro do Campeonato Paulista em 1935, 1936, 1937, 1939 e 1941. Mas em seu campeonato de estreia Teleco e seus novos companheiros (entre eles o já consagrado De Maria, que voltava da Itália) perderam um jogo (e o título) para o Santos, em pleno Parque São Jorge. No final do Campeonato Paulista, o time ficou em terceiro. (25J, 13V, 3E, 9D, 48GP, 32GC)

• 1936: UM ANO SEM DERROTAS – Campeão invicto do primeiro turno do Paulista, o Corinthians garantiu por antecipação sua presença na decisão do título em uma melhor-de-quatro-pontos contra o campeão do segundo, que seria o Palestra Itália. Recuperado das fracas campanhas anteriores, o time não conheceu uma só derrota, nem mesmo em amistosos, durante todo o ano de 1936. Mas no primeiro semestre de 1937 deixaria a taça escapar na decisão contra o rival, com duas derrotas no parque Antarctica e um empate. (27J, 25V, 2E, 0D, 97GP, 26GC)




• 1937: O ANO DA VINGANÇA – O Corinthians começou 1937 perdendo um título certo para o Palestra. Mas fechou o mesmo ano com seu primeiro título profissional, praticamente conquistado com a vitória sobre o mesmo alviverde, em pleno Parque Antarctica. Era o pontapé inicial para mais um tri, o terceiro, que estava por vir. No comando, a dupla formada pelo fundador Antônio Pereira (diretor) e pelo ídolo Neco (técnico na prática). (34J, 12V, 8E, 14D, 64GP, 56GC)

• 1938: COM O PÉ E COM A MÃO - O grito de guerra geralmente usado para comemorar as conquistas no futebol e no basquete dessa vez servia para irritar ainda mais os são-paulinos, inconformados com a confirmação do gol de Carlito que deu ao Corinthians o título invicto de 1938 (e que, segundo eles, teria sido marcado com a mão). Fecho tumultuado para um campeonato estranho, que, por causa da Copa do Mundo (em que os alvinegros Brandão e Lopes se fizeram presentes), foi realizado em um único turno. A disputa chegou a ser paralisada por sete meses e só foi terminar mais de um ano depois de iniciadam já em abril de 1939, em uma decisão realizada em dois dias por causa da chuva. (33J, 17V, 9E, 7D, 53GP, 45GC)

• 1939: TRI EM DOSE DUPLA - Uma façanha da qual só o Corinthians pode se orgulhar: enquanto o Santos foi tricampeão paulista duas vezes, o Palmeiras uma (ainda como Palestra Itália) e o São Paulo nenhuma, o Timão é o único três vezes tri do Estado. Glória conquistada em 1939, ano de uma dupla conquista, considerando-se que nele foi disputada também a tumultuada decisão referente a 1938. (33J, 23V, 4E, 6D, 89GP, 32GC)

• 1940: A ERA PACAEMBU – No Estádio Municipal do Pacaembu, inaugurado em abril de 1940, o Corinthians, que já era grande, se torna ainda maior. Mas no Campeonato Paulista de estreia na nova casa, o time não foi além da quarta colocação, atrás do Palestra (campeão), da Portuguesa (vice) e do Ypiranga (terceiro). Naquele ano, o Torneio Rio-São Paulo voltou a ser disputado. Mas não terminou, por falta de público nos jogos do Rio. (42J, 26V, 4E, 12D, 121GP, 69GC)

Da crise a mais um tri.



O Corinthians abre 1931 goleando o Santos por 5 a 2, na Vila Belmiro, e sagrando-se campeão paulista do ano anterior, seu oitavo título estadual em 20 anos de história. Mas, depois disso, viveria uma de suas maiores crises. De uma vez só, a Lazio, da Itália, veio buscar metade do esquadrão tricampeão paulista em 1928/29/30: Del Debbio, Filó, Rato e De Maria. Como se não bastasse, o goleiro Tuffy, debilitado por uma pneumonia dupla, teve que abandonar o futebol.

A reposição de peças, agravada pela adaptação aos novos tempos do profissionalismo, demora. Enquanto isso, o corinthiano sofre com colocações medíocres no Campeonato Paulista e com goleadas em clássicos. São tempos de Onça, Brancácio, Chola e outros menos cotados.

As coisas só começam a melhorar em 1934. A campanha no Paulista não passa novamente de um modesto quarto lugar, mas no final da temporada chega do Paraná um novo artilheiro: Uriel Fernandes, o Teleco. Com ele e De Maria (de volta da Itália), o Corinthians de 1935 é outro. Faz o artilheiro do Paulistão (o próprio Teleco, com nove gols) e chega bem perto do título.

Em 1936, o Corinthians consegue a façanha de atravessar invicto todo o ano, mas na hora de decidir o Paulista, já em 1937, na qualidade de campeão do primeiro turno, contra o Palestra, vencedor do segundo, o Timão nega fogo. Naquele mesmo ano de 1937, porém, vem o troco: um gol de cabeça de Teleco derrota o velho rival em pleno Parque Antarctica. E praticamente garante a conquista do primeiro título profissional.

O bi invicto de 1938, conseguido já em meados de 1939, foi conturbado e polêmico. Conturbado porque a partida, interrompida pela chuva, teve de ser realizada em dois dias. Polêmico porque o gol do título contra o São Paulo, marcado por Carlito e que garantiu a taça, teria sido marcado com a mão. O mesmo não aconteceu na campanha do tri, em 1939. Fora uma derrota para o São Paulo, no primeiro turno, o Corinthians não caiu diante de mais ninguém.

Quando o Pacaembu é inaugurado como marco de uma nova era para o futebol paulista e brasileiro, em 1940, o Corinthians aparece na condição de tricampeão do Estado. Nada indicava que começaria, a partir dali, mais um período de provação.

Anos 20.

• 1921: INFELIZ NATAL – O Corinthians só dependia de si para ficar com o título paulista de 1921. Para isso, bastaria vencer o Palestra no dia de Natal. Mesmo se empatasse, poderia decidir tudo em um jogo extra. Mas o Palestra ganhou (3 a 0) e acabou dando o título de presente para o Paulistano. (27J, 23V, 2E, 2D, 99GP, 27GC)

• 1922: O CAMPEÃO DO CENTENÁRIO – O Campeonato Paulista de 1922 entrou para a história. Era o ano do Primeiro Centenário da Independência do Brasil, e por isso seu vencedor carregaria por 100 anos o honroso título de Campeão do Centenário. Uma glória que só o Corinthians, até hoje, possui. (19J, 13V, 3E, 3D, 71GP, 22GC)

• 1923: O ANO DO PRIMEIRO BI – Esta temporada começa com os últimos jogos da conquista histórica do campeonato do Centenário, o de 1922. E termina com um bicampeonato, o primeiro da história do clube. Estava aberto o caminho para um inédito tri, primeiro dos três que fazem do Corinthians o único time três vezes tricampeão de São Paulo. (23J, 20V, 1E, 2D, 81GP, 18GC)

• 1924: TRÊS VEZES O MELHOR – O primeiro dos três tricampeonatos paulistas do Corinthians (um recorde entre os clubes do Estado) veio em 1924, com um chute do meio da rua do meia-esquerda Tatu, contra o Paulistano, em pleno jardim América, campo do adversário. Foi um ano conturbado, em que o time sói estreou depois de cinco meses parado. Além disso, o campeonato teve que ser interrompido pela Revolução Tenentista por mais de um mês. (23J, 16V, 2E, 5D, 57GP, 31GC)

• 1925: NÃO AO TAPETÃO – O ano começa com a conquista do título paulista de 1924. E, se quisesse, o Corinthians poderia também ter tentado ganhar o de 1925 na Justiça (ou no “tapetão”, como se diz hoje nos meios esportivos). Afinal, com o afastamento do Paulistano no meio da disputa, caso fossem descontados todos os resultados daquele clube, o Corinthians terminaria na frente da AA São Bento, que foi a campeã. Seria um tetracampeonato, fato inédito na história. (25J, 16V, 3E, 6D, 53GP, 22GC)

• 1926: TIMÃO DE CASA NOVA – Nesse ano, o Corinthians compra o Parque São Jorge, que seria reformado e reinaugurado somente em 1928. O Paulista volta a ser disputado em duas ligas diferentes: Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) e Liga dos Amadores de Futebol (LAF). Jogando pela Apea, o Corinthians fica em terceiro. Houve tempo, ainda, para a disputa de um Campeonato Paulista extra, vencido pelo Palestra Itália. (24J, 17V, 3E, 4D, 76GP, 25GC)

• 1927: DUAS LIGAS, NENHUMA TAÇA – No mesmo ano, o Corinthians participa de dois Paulistas diferentes: o da Liga dos Amadores de Futebol (até 10 de julho) e o da Associação Paulista de Esportes Atléticos (a partir de 31 de julho). Nesse último, classifica-se para o quadrangular final, mas não vai além do 3º lugar. (25J, 21V, 1E, 3D, 89GP, 44GC)

• 1928: ESQUADRÃO MOSQUETEIRO – Do goleiro Tuffy ao ponta-esquerda De Maria, o Corinthians campeão paulista de 1928, base do tri a ser conquistado nos anos seguintes, entraria para a história. Foi também o ano da inauguração do Parque São Jorge, com um empate (2 a 2) com o América, campeão do Centenário no Rio. (31J, 16V, 5E, 10D, 82GP, 57GC)

• 1929: CAMPEÃO 100% – Poucos times no mundo podem se orgulhar de terem sido campeões com aproveitamento de 100% dos pontos e um desses é o Corinthians. Em 1929, foram sete vitórias nos sete jogos na campanha do Corinthians campeão paulista (alias, bicampeão), repetindo os feitos de 1914 e 1916. Naquele mesmo ano, o time conquista sua primeira vitória internacional (3 a 1), contra o Barracas da Argentina e ganha ali o apelido de “Mosqueteiro”. (20J, 14V, 3E, 3D, 89GP, 40GC)

• 1930: TUFFY, GRANÉ E DEL DEBBIO – Pronunciados invariavelmente juntos, os nomes do goleiro e dos dois zagueiros iniciavam a escalação do time tricampeão paulista em 1930. O famoso “trio final” corithiano virou símbolo de uma década feliz, em que o clube conquistou seis dos dez Campeonatos Paulistas disputados, sendo dois tricampeonatos. Ano de Copa do Mundo, 1930 foi o primeiro em que as partidas passaram a ser jogadas em dois tempos de 45 minutos (antes, eram 40 por 40). (32J, 23V, 4E, 5D, 114GP, 44GC)

Período de Ouro

Matematicamente, nunca houve uma década tão feliz na história corinthiana quanto a de 1920. Foram seis Campeonatos Paulistas conquistados em dez disputados, com dois tricampeonatos.

Esses anos 20 haviam começado mal, é verdade, com a perda do Paulista de 1921 para o Paulistano, devido a uma derrota do Timão para o Palestra Itália em plena véspera de Natal. Mas já em 1922 a equipe se recuperou, conquistando um título histórico: campeão paulista de 1922, ano do primeiro centenário da independência do Brasil. No ano seguinte, o que era para ser “só” uma glória por 100 anos virou bi, e, depois, tri, o primeiro dos três da história do clube.

Além dos pioneiros ídolos Amílcar e Neco, o Corinthians, a essa altura, já contava com outros, como o zagueiro Del Debbio e o atacante Gambarotta, artilheiro do campeonato do centenário com 19 gols. Melhor time da cidade, o Timão tornou-se nessa época, também, campeão de todo o estado de São Paulo ao derrotar o Rio Branco de Americana, campeão do interior, pela Taça Competência tanto em 1923 (5 a 0) quanto em 1924 (2 a 1).

Em 1926, o presidente Ernesto Cassano compra o terreno do Parque São Jorge, onde quem mandava seus jogos era o Sírio, reinaugurado como novo campo corinthiano dois anos depois com um amistoso com o América, campeão do centenário no Rio, que terminou empatado em 2 a 2. Novas conquistas dentro de campo somente a partir de 1928.

O sexto título corinthiano em apenas 18 anos de existência vem com novos ídolos no time, como o goleiro Tuffy, o zagueiro Grané e os atacantes Gambinha (irmão de Gambarotta), Rato e De Maria. Em 1929, além do bi, o Corinthians ganha também sua primeira partida internacional, contra o Barracas da Argentina, no Parque São Jorge, por 3 a 1. Também surge o apelido Mosqueteiro, dado pelo jornalista Tomaz Mazzoni, devido à fibra demonstrada em campo naquela partida.

Quando o segundo tri da década é conquistado, em 1930, o velho ídolo Neco já pode pendurar as chuteiras sossegado, com a sensação de dever cumprido de quem já participou de todas as conquistas nos primeiros 20 anos de vida do Campeão dos Campeões.

Anos 10.

• 1910: NO TEMPO DA VÁRZEA – Fundado por operários, o Corinthians começou jogando na várzea, daí a dificuldade de se obter dados a respeito das partidas nos jornais da época. Do ano de sua fundaçaoi, sobraram apenas registros das três primeiras partidas, graças ao trabalho dedicado de Antônio de Almeida, que durante décadas foi funcionário e o principal historiador do clube. (3J, 2V, 0E, 1D, 7GP, 1GC)

• 1911/12: JOGOS SEM RESULTADOS – Conforme o Corinthians ia se tornando um time respeitável na várzea paulistana, conquistava mais espaço na mídia da época. O problema é que os jornais, notadamente O Estado de São Paulo, costumavam anunciar a realização de seus jogos, mas se preocupavam em publicar os resultados nos dias seguintes. Assim, fica difícil, até, confirmar se algumas partidas chegaram a se realizar. (1912: 14J, 6V, 1E, 1D, 18GP, 6GC – não se conhecem os resultados de 6 jogos. 1913: 7J, 1V, 0E, 0D, 2GP, 0GC – não se conhecem os resultados de 6 jogos)

• 1913: UM LUGAR AO SOL – Para ganhar uma vaga em um campeonato oficial, promovido pela Liga Paulista de Futebol (havia outro, da Associação Paulista de Esportes Atléticos, ainda mais elitizado), o “clube dos operários” teve que disputar dois jogos eliminatórios. Ganhou os dois e, assim, obteve o direito de disputar seu primeiro Paulista, naquele mesmo ano. (11J, 3V, 4E, 4D, 17GP, 23GC)



Primeiro Time Campeão Paulista em 1914: Fúlvio, Casemiro do Amaral e Casemiro Gonzalez; Polícia, Biano e César; Aristides, Peres, Amílcar, Dias e Neco.
O time não perdeu nem empatou: foram dez vitórias em dez partidas. Neco, com 12 gols, tornou-se o primeiro corinthiano artilheiro de um campeonato.

• 1915: TIMÃO FICA DE FORA – De olho em uma vaga no campeonato da Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea), mais badalado na época, o Corinthians abandonou a Liga. Mas não conseguiu o que queria e, quando tentou voltar, foi barrado. Sem disputar nenhum dos dois campeonatos, o jeito foi emprestar os craques para os outros times. Neco foi para o Mackenzie, Police e Amílcar para o Ypiranga. Eles só voltavam a se reunir em alguns fins de semana, para amistosos no interior. (9J, 7V, 0E, 2D, 30GP, 9GC)

• 1916: A VOLTA DO INVICTO – O Corinthians – que, no ano anterior, já havia derrotado a AA Palmeiras, campeã da Apea – vence também o Germânia, campeão da Liga, em amistoso. Mas para ser readmitido no campeonato da Liga Paulista de 1916 teve que enfrentar o Antarctica em um jogo eliminatório. Passou sem problemas (8 a 0) e, pela segunda vez, ficou com o título, ganhando de todo mundo. Só iria perder um jogo de campeonato em 1917. (23J, 19V, 2E, 1D, 71GP, 14GC – não se conhece o resultado de 1 jogo)

•1917: ENFIM ENTRE OS GRANDES – Com a reunião dos times de São Paulo em um único campeonato, o Corinthians superou definitivamente o preconceito. Pela primeira vez, enfrentou os clubes da elite da época, como Paulistano e AA Palmeiras. E não fez feio, brigando pelo título como favorito e terminando em terceiro lugar. (19J, 10V, 3E, 6D, 40GP, 30GC)

• 1918: O ANO DA CASA PRÓPRIA – Inaugurado em janeiro, o campo da Ponte Grande foi o primeiro estádio do Corinthians. O Paulista foi interrompido por dois meses por causa do surto de gripe espanhola. Na última rodada, o Corinthians precisava vencer a AA Palmeiras e torcer pelo São Bento contra o Paulistano. O Timão fez sua parte, mas o Paulistano também venceu e foi campeão. (20J, 12V, 3E, 5D, 66GP, 25GC)

• 1919: A VITÓRIA QUE FALTAVA – O Corinthians fatura o primeiro Torneio Início da história, promovido pela AA Palmeiras. Mas a glória suprema de 1919 foi sentir pela primeira vez o gostinho de ganhar do Palestra Itália em jogos de campeonato. E dentro do Parque Antártica: 1 a 0, gol do ponta-direita Américo. O título ficou de novo com o Paulistano, tetra. O timão foi terceiro. (30J, 23V, 2E, 5D, 94GP, 28GC)

• 1920: ATAQUE ARRASADOR – Bicampeão do Torneio Início, o Corinthians marcou 75 gols nos 17 jogos do Paulista (média de 4,4 por partida). Foram 6 a 0 e 8 a 1 no Internacional; 4 a 1 e 6 a 1 na AA Palmeiras; 7 a 0 e 8 a 0 no Mackenzie (depois Portuguesa-Mackenzie); 11 a 0 no Santos... Neco foi novamente o artilheiro do campeonato, com 24 gols. Mas pela diferença de um único ponto o time teve que assistir de fora à decisão entre Paulistano e Palestra, que ganhou o título. (28J, 20V, 2E, 4D, 102GP, 31GC – não se conhecem os resultados de 2 jogos).

Sport Club Corinthians Paulista!

O Sport Club Corinthians Paulista é um clube desportivo brasileiro. Foi fundado como clube de futebol por um grupo de operários no dia 1º de setembro de 1910, no bairro Bom Retiro, da cidade de São Paulo. Suas principais conquistas e o seu reconhecimento foram alcançados pelo futebol profissional. Foi o primeiro clube a ganhar a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, e o único a conquistar o título em casa, no Brasil, em 2000. Possui também quatro títulos do Campeonato Brasileiro, mais três da Copa do Brasil e 26 do Campeonato Paulista - sendo deste último o maior recordista de conquistas no Estado. Seus principais rivais no futebol são o Palmeiras, o Santos e o São Paulo.

Sua torcida, é conhecida como "Fiel" e representa segundo pesquisas a segunda maior quantidade de torcedores de um clube do Brasil. O Corinthians foi o primeiro clube de São Paulo a abrir espaço para pessoas de origem mais humilde, fato que se reflete em alguns de seus apelidos, como clube dos operários ou time do povo.

O clube atualmente possui o maior patrocínio do Brasil e o 5º maior do mundo, só perdendo para Manchester United, Chelsea, Real Madrid e Bayer de Muni.

Ao longo dos anos, o clube também se desenvolveu em outras modalidades esportivas, como remo, basquete, natação, vôlei, tênis, taekwondo, futsal, judô, peteca e handebol.